Paroquianos de Itapajé farão Peregrinação até o Distrito de Santa Cruz



 Imagem ilustrativa
Dentro das comemorações aos 150 anos de criação da Paróquia de São Francisco em Itapajé, o Conselho Paroquial de Pastoral estará promovendo no próximo dia 15 de novembro uma Peregrinação até à histórica Capela de Nossa Senhora da Penha em Santa Cruz, aonde foi situada a primeira sede da Paróquia de Itapajé.
A Peregrinação terá início às 06:00 da manhã do dia 15. Sairão os carros com os peregrinos da Praça da Matriz até a localidade de Coité, aonde acontece o desembarque dos veículos e se iniciará a peregrinação até a Capela de Santa Cruz.
Ao chegar até o distrito acontecerá uma programação culminando com a Celebração Eucarística, logo em seguida um Almoço para todos os peregrinos.
Os interessados a participarem devem fazer uma inscrição na Secretaria da Paróquia, de Terça a Domingo; para que a organização controle o número de participantes e providencie o almoço.

Entenda a história da Paróquia São Francisco de Itapajé.
A Paróquia São Francisco de Assis chega neste ano de 2014 aos seus 150 Anos de história, porém, a religiosidade e a fé chegaram muito antes a estas terras.
Nos fins do século XVIII, duas capelinhas, na Paróquia de Fortaleza, nasceram quase ao mesmo tempo: a de Nossa Senhora da Penha de França, em Santa Cruz, sobre a serra da Uruburetama, em mimoso regaço cercado de verdejante serrania em 1793 passando a funcionar a partir do dia primeiro de fevereiro, e a de São Francisco das Chagas, em Canindé, à margem do rio do mesmo nome, em pleno sertão, em 1795.
Apesar de um pouco mais nova, a capelinha sertaneja levou vantagem sobre a serrana, pois a 19 de agosto de 1817 era elevada a Matriz, por Dom Frei Antônio de São José Bastos, Bispo de Olinda, com Vigário Colado, enquanto a de Santa Cruz , somente a 3 de setembro de 1842 passou a gozar dessa dignidade e canonicamente só em 1849.
Antônio Bezerra em suas "Notas de Viagens" diz que até 1846, ali em São Francisco, dava assistência o Vigário de Canindé, celebrando a Santa Missa em um casa de bolandeira (de desfiar o algodão), pertencente a Rufino Ferreira Gomes, servindo de sino uma enxada. Assim, a Paróquia de Canindé compreendia o território onde se encontra hoje Itapajé.
Vinte e cinco anos já haviam decorrido depois da criação da Paróquia de Canindé, quando a Capela de Nossa Senhora da Penha de Santa Cruz da Uruburetama foi elevada a Matriz, o que se deu a 3 de dezembro de 1842, pela lei nº 262, por Dom João da Purificação Marques Perdigão, Bispo de Olinda, sendo deste mesmo ano a criação do Município, pela lei nº 502 e 22 de dezembro, A Paróquia estendeu-se em direção do Sul abrangendo toda a parte da serra ocupada pela Paróquia de Canindé e grande parte do sertão, onde ficaram os limites das duas paróquias.
Enquanto Santa Cruz, agora Paróquia, se desenvolvia vagarosamente, o pequeno arraial de São Francisco, no sopé da serra, elevava-se rapidamente, devido a sua fundação a Antônio Rodrigues Martins, por apelido "Carola", lá pelo ano de 1839. O seu primeiro nome foi de São Francisco dos Ipús, cuja significação na língua indígena é alagadiços. Em virtude de frequentes lutas, teve este arraial um segundo batismo com nome de Riacho do Fogo, para em seguida tomar o nome de São Francisco da Uruburetama e atualmente o de Itapajé, seu quarto nome portanto.
Em 1837, a 19 de dezembro Francisco da Cunha Linhares e sua mulher Dominga Pereira Pinto, doaram um terreno para edificação naquele local de uma capela a qual foi construída por Francisco Miguel de Andrade em 1847, dedicada a São Francisco de Assis.
Dezessete anos mais tare, a 21 de novembro de 1864, era esta Capela transformada em Matriz, pela resolução nº 11 do Presidente da Província, Lafayete Rodrigues Pereira, que transferia a sede da Paróquia de Santa Cruz para a Capela de São Francisco. Com este ato ganhou a povoação, mas a capelinha perdeu, porque verificou-se, de logo, a sua impropriedade para Matriz. E assim, surge a necessidade da construção de uma igreja com maiores proporções. Em 1870 teve início o trabalho de construção da nova Matriz, que se deve ao Padre Manuel Tomaz, sendo concluída em 1878. Este trabalho deve ter começado em setembro, no dia em que foi dada a bênção ao cruzeiro, o qual foi erigido por José Furtado Pacífico.
Esta mesma Igreja, na década de 1930, sob os cuidados do Padre José Teógenes Gondim, ganhou uma nova torre em substituição à antiga que, com surpresa geral de todo, desabou, causando um profundo impacto em toda a população. Nossa Igreja Matriz de imponente e majestosa beleza é hoje o mais marcante e histórico símbolo da cidade.
na década de 1940, nova vida tomaram associações religiosas, com a intensificação e edificação das Capelas na Zona Rural. Quase ao fim da década de 1950, com o florecer do Concílio Vaticano II, a Paróquia toma os moldes do então Papa João XXIII, tendo o seu Vigário, Padre Manoel Lima e Silva como grande mediador e inovador, adaptando sua Igreja Paroquial às novas vertentes que toda a Igreja no mundo estava tomando.
Com a criação da Diocese de Itapipoca em 1971, a Paróquia de Itapajé deixa de pertencer a Arquidiocese de Fortaleza e passa a integrar na jurisdição da nova Diocese, que teve como seu primeiro Bispo Dom Paulo Ponte (In Memorian).
No ano de 2001, durante seis meses, a Igreja Matriz ganhou uma restauração total, valorizando assim toda a sua arquitetura. E 2011, a Matriz teve mais uma reforma com a inauguração das Capelas do Batismo e do Santíssimo Sacramento, em suas laterais. Ganhou também um anexo, na parte  de traz: o Templo da Esperança para funerais e também a Sala de Memória Paroquial.
Neste ano de 2014, a Matriz de Itapajé estará dedicando uma reforma em seu presbitério e nas laterais do mesmo. A dedicação de uma Igreja significa a sua consagração; a casa de Deus a Ele dedicada e por Ele abençoada para todos os fieis vejam e sintam mais fortemente a presença daquele que à vida todos os seus paroquianos.

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