Ministério Público do Estado do Ceará denuncia Ciro Braga e Idervaldo Rocha novamente; desta vez outros cinco agentes públicos também são denunciados


Em mais uma fase da Operação Frade de Pedra, o Prefeito afastado, Ciro Braga com o Vereador Idervaldo Rocha, também afastado de seu mandato, foram denunciados novamente pelo Ministério Público do Estado do Ceará. Além dos dois políticos, outros agentes públicos também estão sendo denunciados.

Confira matéria extraída do Site do Ministério do Estado do Ceará: 

Em continuidade à Operação “Pedra do Frade”, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio dos promotores de Justiça da Comarca de Itapajé Valeska Catunda Bastos e Rodrigo Manso Damasceno, denunciou o prefeito afastado, Ciro Mesquita da Silva, o vereador e ex-presidente da Câmara, Idervaldo Rodrigues, e outros cinco agentes públicos de Itapajé por diversos crimes contra a administração pública municipal.


No início do mês de julho, a operação, coordenada pela Procuradoria de Justiça dos Crimes contra a Administração Pública (PROCAP), desencadeou na prisão do prefeito e do vereador. A partir daí, o órgão compartilhou as provas, por meio de autorização judicial, com a 2ª Promotoria de Justiça de Itapajé, a fim de possibilitar o ingresso de uma ação por improbidade administrativa devido a inúmeros ilícitos investigados.


Os agentes públicos estão sendo processados por envolvimento em fraude de processo legislativo, em 2013, quando o vereador era presidente da Câmara Municipal de Itapajé. À época, um projeto de lei foi alterado para autorizar a locação de um galpão onde foi instalada uma indústria de calçados.


O TCM fiscalizou o galpão e apontou, em relatório, dotação orçamentária insuficiente para a despesa, projeto básico deficiente, falhas no orçamento básico, indícios de inexecução do objeto no período contratado e não cumprimento das exigências do edital para pagamento das despesas.


Além disso, estão sendo averiguadas irregularidades na licitação para reforma do local. A primeira fase da operação “Pedra do Frade”, através da quebra de sigilos bancários e fiscal dos investigados, revelou graves indícios de participação em esquema de apropriação de recursos públicos e lavagem de dinheiro, além de crimes contra a ordem tributária.


O gestor e o legislador municipais – já envolvidos em crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informação, fraude em procedimento licitatório, extravio de documentos e peculato – agora responderão também na seara cível por diversos atos de improbidade como enriquecimento ilícito próprio ou de terceiros e violação a diversos princípios da administração pública.


Por fim, o MPCE requereu a condenação dos envolvidos e a aplicação de diversas sanções, tais como perda do cargo público, cassação dos direitos políticos pelo período de oito anos (inelegibilidade), proibição de contratar com a Administração Pública, ressarcimento dos prejuízos causados aos cofres públicos itapajeenses, dentre outros.

Assessoria de Imprensa
Ministério Público do Estado do Ceará
Email:imprensa@mpce.mp.br

* Notícia publicada no site do MPCE nesta terça-feira, dia 27 de setembro.

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