A auxiliar de serviços gerais Ângela Maria da Silva não teve dúvidas sobre
qual seria o destino dos cabelos da menina Maísa quando soube que a
garota pretendia cortá-los. Ela trabalha na escola onde a garota estuda e
teve a ideia de doar o cabelo para pacientes em tratamento de câncer.
"Fiz um trabalho como liderança no Bairro Sapiranga e ainda hoje as
pessoas me procuram pedindo ajuda. Quando a Maísa sentou no meu colo na
hora do recreio e disse que iria cortar o cabelo no dia seguinte,
perguntei 'você sabe o que vai fazer com esse cabelo?' e ela disse
'não'. Então, eu falei, eu sei. Aí conversei com o pai e a mãe dela que
conheço há muito tempo e disse que íamos fazer uma criança feliz com a
doação", disse Ângela.
"A gente viu uma reportagem na TV sobre crianças que estão precisando
de cabelo no ICC (Instituto do Câncer do Ceará), então conversamos com
ela, eu e o pai, e falamos para a Ângela que a gente aceitava doar",
disse a mãe da menina, Antônia Bezerra Cavalcante, dona de casa. Segundo
ela, Maísa não cortava o cabelo há três anos.
O uso de perucas durante o tratamento contra o câncer é uma das
alternativas utilizadas por pacientes para enfrentar a mudança da
aparência e superar os percalços da doença.
Doações como a da família de Maísa vão para um projeto como o "Um
Pedacinho de Amor não Dói", que produz e cede as perucas para a
Associação Nossa Casa emprestar. A Associação montou um banco de
empréstimo de perucas e, junto com o projeto , ajuda mulheres e
crianças.
As doações para as entidades podem ser feitas na sede do Hemoce, em Fortaleza ou na própria Associação Nossa Casa.
G1/CE
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