Após recurso do Ministério Público do Ceará, o
Tribunal de Justiça do Estado (TJCE) determinou que a Prefeitura de Itapajé
suspenda o Edital do Processo Seletivo do Programa Protagonismo Social, que
prevê a contratação de 68 bolsistas para assumirem funções administrativas e
permanentes na administração municipal. Segundo o MP, a ação contraria
a regra do concurso público e afronta diretamente os princípios da
legalidade, impessoalidade e moralidade administrativa.
De acordo com
a 1ª Promotoria de Justiça de Itapajé, o Edital em questão, promoveu sem
justificativa plausível, uma seleção simplificada para o preenchimento de
diversas funções da Assistência Social com vínculo precário. Entre elas, foram
ofertadas vagas de auxiliar administrativo, recepcionista, educador social e
agente de ações sociais, que são funções incompatíveis com esse tipo de
vínculo. Enquanto isso, candidatos aprovados no concurso público regido pelo
Edital n° 01/2024 aguardam convocação para ocuparem cargos equivalentes.
Na decisão, o TJCE também determinou a rescisão, em até 60 dias, de todos os contratos firmados a partir deste Edital. Além disso, a Prefeitura de Itapajé deverá pagar multa em caso de descumprimento de cada uma das duas medidas.
A Promotoria havia
ingressado com Ação Civil Pública (ACP) em 18 de junho, pedindo a suspensão do Edital e a realização imediata de concurso público, mas o pedido não foi
acatado pela Justiça. Assim, o MP entrou com recurso, que foi acatado
parcialmente.
Município de Apuiarés
O Ministério Público do Ceará, por meio da
Promotoria de Justiça Vinculada de Apuiarés, recomendou que a Prefeitura municipal crie,
em até 45 dias, programa de assistência destinado às mães de crianças atípicas,
garantindo atendimento psicológico e social com profissionais especializados,
vinculados às Secretaria Municipais de Assistência Social (SASP) e de Saúde
(SMS). O documento assinado pela Promotora de Justiça Lara Dourado, também
recomenda a criação, em até 30 dias, de espaço de convivência coordenado pela
SASP, destinado à realização de atividades como rodas de conversa e palestras
para proporcionar acolhimento e compartilhamento de vivências entre essas mães.
Durante reunião realizada na Promotoria, as mães relataram as dificuldades
enfrentadas na maternidade e no acesso aos serviços públicos, além de
reivindicarem maior investimento na área da Saúde. “As mães de crianças
atípicas, frequentemente principais responsáveis pelo cuidado, enfrentam
sobrecarga física, emocional, social e econômica, demandando políticas públicas
especificas que lhes ofereçam suporte e valorização”, ressalta a Promotora de
Justiça.
A recomendação
é baseada no Estatuto da Pessoa com Deficiência, que prevê que as ações e
serviços de saúde pública destinados a pessoa com deficiência devem assegurar
também atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e atendentes
pessoais.
O Estatuto também prevê que os serviços, programas e afins no âmbito da
política pública de assistência social devem contemplar também a família da
pessoa com deficiência, assegurando segurança de renda, acolhida, habilitação,
reabilitação, desenvolvimento da autonomia e da convivência familiar e
comunitária, de modo a promover o acesso a direitos e plena participação
social.
Informação: Ascom MPCE
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