Entidade se manifesta após nova chacina no Ceará, e afirma que o Estado investe mau setor da Segurança pública


O presidente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas do Ceará (Abracrim), Cândido Albuquerque, afirmou nesta segunda-feira (29) que o estado investiu mal no setor da segurança pública ao longo dos anos. O advogado, diretor do curso de direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), disse que a estrutura da Polícia Civil é precária.
"Enquanto o crime está organizado, a polícia está deficitária. Investe na PM em detrimento da Polícia Civil. A Polícia Civil do Ceará, em razão do pequeno contingente, não tem condições de investigar nada", disse.
"A população cearense está morrendo, inclusive de medo", acrescentou o presidente da Abracrim.
Albuquerque afirmou ainda que o Ceará vive uma crise na área da segurança, diante da chacina que deixou 14 mortos no Bairro Cajazeiras, no sábado (27), e da sequência de crime registrada no fim de semana. Foram mais de 10 assassinatos registrados após a chacina. 
Nesta segunda-feira (29), dez presos foram assassinatos dentro da Cadeia Pública de Itapajé.
Cândido Albuquerque criticou ainda o fechamento de juizados especiais no Ceará. "Num momento de crise como esse, o Tribunal de Justiça propôs o fechamento de 22 juizados especiais. Isso é absurdo".
Em 2017, o Ceará teve um número recorde de assassinatos, 5.134 homicídios. O número é 50,7% maior que no ano anterior. Segundo o governador Camilo Santana, 84% desses homicídios são decorrência do confronto entre facções criminosas.

G1/CE

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